terça-feira, 11 de dezembro de 2012

full circle

estranho meu último post terminar com uma música do ben kweller que tanto significa pra mim, tendo assistido o show dele esses dias por uma pechincha e ficado encantada. acho que realmente foi um encerramento.
tive muita sorte esse ano, de ver outra banda que gosto demais, conhecer um dos meus escritores preferidos, ter as melhores férias possíveis.
tanto que parece besteira eu me lamentar por qualquer coisa.

hoje entreguei meu último trabalho da faculdade, e já deu uma tristeza. é masoquismo, mas eu queria ficar lá pra sempre, eu acho. muito de mim se vai com esse diploma, não tem como não ficar triste.

e apesar de estar livre, estou apenas livre pra começar a fazer todas as outras coisas que quero, não senti nenhum tipo de alívio, nem vontade de gritar que estou de férias.

ando enviando currículos mas com pouca fé, pois minhas experiências não são exatamente suficientes pra nenhum dos cargos que almejo. o jeito vai ser tentar outra área, em janeiro. agora, vou começar a arrumar minha casa, e dependendo do meu humor, até começar a empacotar algumas coisas.

fim de ano me dá uma depressão profunda, mas talvez esse ano eu supere isso.
de fato, i've come full circle. de tantas formas...

e de alguma maneira, acho que já vou me despedir deste blog também.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

eu vou parar de tomar café.
eu vou parar de tomar refrigerante.
eu vou parar de comer coisas que parecem uma boa ideia na hora, mas depois me fazem passar mal.

eu vou resolver tudo o que preciso.
eu vou utilizar meu tempo de maneira sábia.
eu vou terminar minha faculdade.
eu vou fazer todos os trabalhos.

eu vou aproveitar as minhas oportunidades.

eu vou conseguir.
como eu vou!


I've come full circle.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

eu tou tentando

comer bem, comer de 3 em 3 horas, comer coisas magras, cozinhar em casa, economizar dinheiro.
chegar na hora no trabalho, pegar uma rota com menos trânsito pra faculdade, fazer as coisas sem pressa, me estressar menos com esse turbilhão de gente.
planejar minhas finanças, guardar dinheiro, aproveitar a vida, ter meu tempo de lazer, me distrair, relaxar, comprar coisas boas e úteis, ir em lugares que valham a pena o dinheiro gasto.
acordar mais cedo, arrumar melhor minha casa, limpar tudo com mais frequência, ter menos preguiça, me exercitar, ter mais paciência, aproveitar melhor meu tempo.
ler as coisas da faculdade, ler por prazer, estudar espanhol.
cuidar melhor de mim mesma, me manter equilibrada, não desanimar, manter o humor, superar o inevitável.
ser mais realista, ser mais esperta.
marcar meus compromissos, encontrar amigos, ter tempo para conversar.
ouvir música, escrever, desenhar, descansar?
LEMBRAR O QUE EU TENHO DE FAZER. NUNCA ESQUECER.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

wishes and stars


Everyone seems so certain
Everyone knows who they are
Everyone's got a mother and a father
They all seem so sure they're going far
They all got more friends than they can use

Except me cause I'm a fool
I'm as simple as a bee
As a melody in C
But it don't matter
There are more wishes than stars

eu resolvi olhar pelos buraquinhos da janela pra ver se via o mundo.
nós parecemos uns idiotas, procurando ouro onde não há.

há quatro anos atrás eu era um protótipo de alguém, eu lia educação sentimental madrugada adentro, eu assistia aulas de pós-graduação, eu achava que tinha futuro.
me lembrar disso agora é lamentável. não dá pra saber o que é certo, mas eu tinha muito mais convicção do que hoje.
eu, que não consigo ler um texto teórico do início ao fim.
minha atenção foi pro lixo, junto com a minha sanidade mental.

***

eu não consigo imaginar um mundo ideal que não envolva o intelecto. talvez seja esse o motivo da minha frustração. talvez minha antiga frustração tenha voltado.
eu, que demorei sei lá, 2 anos pra me reconstituir. ainda em pedaços.
o mundo não é pra mim, tento me lembrar.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

4, 5 da manhã. assistindo filmes que dilaceravam meu coração.
chocada com a violência trivial do nosso mundo.
essa era eu. eu e só eu, e eu tinha uma janela pela qual olhar, e às vezes, tão tarde da noite, eu via algum lunático solitário andando de carro pela universidade.
às vezes eu grudava meu rosto na parede e na janela, esperando ouvir algum som.

my heartbreaking life.

eu caminhava sozinha por lugares escuros e nada seguros, procurando as estrelas no céu.
de longe, eu via luzes. hoje eu sei de onde elas vêm, e pra lá não quero ir.
voltar sozinha pra casa acelerava meu coração.
será que dá pra morrer de melancolia? eu me deitava no chão e esperava pra ver.
eu passava dias na cama. e as imagens brilhavam no computador.

leave it behind.

hoje em dia eu acho que não faço parte nem do meu próprio clube.
acabou pra mim. não há cadeira que eu possa puxar pra sentar, junto aos comuns.
eu só posso rezar pela insônia. ouvir o nada novamente.
me sentir mal no dia seguinte, mas mal de um jeito que dá pra viver, até chegar em casa de novo. no lar onde eu sei que não tenho lar. sendo uma estranha pra mim mesma. me distanciando de tudo o que era certo.

e chamam isso de vida.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

D.

meu pai me mandou uma sms hoje. meu pai e eu, nós somos muito parecidos no fim das contas. nós não gostamos lá muito de falar no telefone, nós conversamos sobre música antiga.
pois bem, convidei-o a escutar simon & garfunkel, cada um do seu canto no mundo. e assim que começou el condor pasa, já não aguentei. comecei a chorar.
meu pai e eu somos parecidos porque sofremos. porque bebemos e escutamos música sozinhos. ninguém mais está interessado.
meu pai e eu, nós queríamos poder viver no mundo do nosso jeito, fazer o que sabemos melhor. mas é cada dia mais difícil viver, e ser.
eu sei e tenho certeza de que minhas expectativas pro mundo são grandes demais, que essa minha atitude, no fundo, é deveras arrogante. mas essa é a minha vida. geralmente ela só existe nesse espaço entre o meu corpo e o papel. no papel, não sei dar vazão aos meus pensamentos do jeito que gostaria. na vida, falta um pouco do impossível que pode florescer no papel.
mas se trata desse movimento, a minha vida.
tenho estado deprimida, como sempre. quanto mais eu chego perto das coisas, mais eu não sei o que fazer.

so let us down, if you must
but let us down easy, lord...

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

estou cansada. cansada da montanha russa emocional que segue sempre os mesmos meandros.
cansada do tempo ruim, que me deixa mais cansada e com mais vontade de dormir.
cansada de dormir. cansada de ignorar tudo ao meu redor. cansada de estar cansada.

cansada do inconveniente, mesmo me escondendo dentro da minha casinha.
cansada de tentar ignorar tudo e ser feliz, no meu esconderijo.

pra todos esses momentos, cada vez mais tenho certeza de que a escrita é a solução. mas não é fácil. nada é nada. e eu não sei nem mais tecer uma história com um mínimo de sentido.
não sei mais me articular. processar informações.
isso é o quão cansada eu estou.

e a vida é tão aleatória. eu sou só um brinquedinho, caindo pra lá e pra cá.
eu estou doente. doente de tudo o que sou.

Vomitar esse tédio sobre a cidade.

eu queria pelo menos me espalhar sobre a cidade. me espalhar sobre o papel. não o computador.
eu queria me ler novamente, me ler por completo.
eu queria que tivessem me escrito, esse capítulo da minha vida. ou então apenas escrevê-lo.

mas eu ainda não estou pronta.
por enquanto, pego a minha bolsa e ando pela brisa da noite.